No começo do ano, eu fiz um vídeo pro Sketch Club falando sobre a importância da rotina.
Eu costumo me orgulhar de ser organizado, de me esforçar para ter hábitos saudáveis, de desenhar todo dia. Mas preciso confessar: nesses dois últimos dias, praticamente não risquei uma linha, trabalhei horas excessivas “no automático”, dormi menos que o necessário e tive muita dificuldade pra respeitar meus horários. Se eu fiquei me sentindo mal com isso? Claro que sim, eu sou alguém que exige um bocado de si.
Mas, aqui, entra em jogo outras coisas que venho tentando, há algum tempo, praticar e incorporar em todas as esferas da minha vida cada vez mais: aceitação e compaixão. Muitas vezes, as coisas não saem conforme o planejado, e sabe o quê? Tá tudo bem! A gente não tem mesmo o controle sobre a maioria das coisas na vida, né? Isso não quer dizer parar de se esforçar e mandar um f*da-se pra tudo (embora mandar um f*da-se pra algumas coisas também seja essencial, hehe). Mas quer dizer a gente se tratar bem, ser gentis com a gente mesmo. Tá tudo bem se, hoje, não deu certo, se não saiu como você esperava, se você achava que podia ter feito mais e não fez. O sol nasce todos os dias. Permita-se dar um abraço de boa noite em si mesmo e diga: “tá tudo bem, amanhã a gente tenta outra vez.”
Foi o que eu fiz ontem, e deu certo.
Sim, planejar é importante, ter rotinas, hábitos e metas, também - mas tão importante quanto (muitas vezes, até mais) é ter flexibilidade, paciência, equilíbrio, auto-compaixão, ser seu próprio melhor amigo. E, simplesmente, respirar fundo, se adaptar às circunstâncias e começar de novo.
“Blessed are the flexible, for they shall not be bent out of shape." - Michael McGriffy, MD
PS.: Eu achei o máximo essa citação! Encontrei ela nesse texto.